Estudos demonstram que doses elevadas (acima de 600mg/dia) podem causar sinais perceptíveis de confusão mental e indução de erros em tarefas intelectuais,ansiedade, nervosismo, tremores musculares, taquicardia e zumbido. Importante ressaltar que suspensão súbita de cafeína, mesmo que em doses moderadas pode levar à abstinência, causando depressão, naúseas, vômitos, cefaléia e diminuição da concentração. As queixas de cefaléia e ansiedade crescem com o aumento da dose diária de ingestão de caféina.
A cafeína realmente ativa o sistema de alerta. Mesmo que não interfira no tempo de sono, a cafeína atrapalha sua qualidade. Estudos mostram que, por ser excitante, ela aumenta o número de despertares durante a noite. Além da finalidade de combater o sono e o cansaço, por outro lado ela pode causar ressecamento da mucosa do trato vocal, refluxo gastroesofágico, irritações laríngeas e alterações na qualidade vocal. Refere-se que não é bom tomar café depois do almoço, pois a cafeína "compete" com a vitamina C e o Ferro, podendo anular esses nutrientes.
Há controvérsias a respeito da dependência de cafeína de que existem evidências que sua utilização pode aumentar o uso de outras substâncias de abuso, já que vários estudos demostram que a administração dessa substância causa sensibilização a ela mesma e sensibilização cruzada com outras drogas.
Sabe-se que o café altera a motilidade do trânsito gastrintestinal. Assim como a pimenta, ele é um irritante local que aumenta a secreção ácida. Às vezes, a dor que se associa à ingestão de determinado alimento, como o café, não provém de seu efeito tópico, ou seja, do efeito local que exerce, mas de contrações resultantes da irritação que provoca.
Existe também uma dúvida que persiste em relação ao consumo do café e à doença coronariana, a grande responsável pelos ataques cardíacos. A suspeita de que o café possa aumentar o número de infartos do miocárdio foi recentemente reforçada pela demonstração de que tomar café não filtrado (como o café turco, por exemplo) faz aumentar o colesterol total e a fração LDL, conhecida como “mau colesterol”.
Estudiosos verificaram que o consumo de café está geralmente associado a dietas menos saudáveis, ou seja, com crescente consumo de carne vermelha e alimentos ricos em gordura. Quanto maior o consumo de café, menor a ingestão de fibras na dieta, favorecendo o aumento da prevalência das doenças crônicas. Observaram que a ingestão de café está associada positivamente com gordura total e saturada e de forma inversa com a prática de atividades físicas e consumo de fibras na dieta.
Estudos revelam que a freqüência exagerada no consumo de cafeína é, possivelmente, um fator de risco para alterações nos níveis de pressão arterial, sobretudo se estiver em associação com outros fatores, pois drogas que inibem a enzima monoamino-oxidase provocam um aumento considerável de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) nas terminações nervosas e resultam em elevação dos níveis tensionais. Potencializado com o consumo de café, o fenômeno poderá ocasionar o aumento dos valores da pressão arterial.
Estudos indicam que o consumo de mais de quatro xícaras de café por dia pode estar associado a bebês de baixo peso, além de afetar o sistema respiratório do feto. Isso porque, acredita-se que a cafeína atravessa facilmente a barreira placentária, chegando até o bebê.
A cafeína é um grande indutor da osteoporose. A conclusão é de uma pesquisa feita no Departamento de Morfologia, Estomatologia e Fisiologia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP. Os pesquisadores notaram que cobaias adaptadas à ingestão de café tiveram uma perda significativa de cálcio nos ossos.
Essas informações foi tirado de uma pesquisa ciêntifica da Revista de Literatura.Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição.